Roubei o fogo.
Deve ser isso
Entreguei aos homens
Zeus não gostou
Zeus se vingou
Roubei o fogo.
Só pode ser
Entreguei a todos
Zeus me puniu
Estou preso
Acorrentado
Meu mundo caiu
Meu fígado atingiu
E todas as vezes
A Águia faminta
Vem saciar
Uma fome sem fim
Roubei o fogo.
Sem promessas
A Águia vai mudar a dieta
Prometeu é imortal
Eu não chego ao Carnaval
Zeus vingará
Meu erro fatal
Meu fígado se regenera
A Águia vem, dilacera
Seu nome é Vida
Eu sempre a achei atrevida
Não prometo nem choro nem vela.
O Olímpo só assiste
A novela que ainda passa
Depois o canal se disfarça
E vira canal de YouTube
Os Deuses pedindo virtudes
Do mortal em desgraça
O fogo roubado ameaça
A Vida e a vida usada
Por quem pegou sem trapaça
Aquilo que sempre foi seu.
Agora outra bicada
Do bico mais afiado
O fígado não é blindado
A dor é de desmaiar
Todos os dias
Dói até de pensar
Que fogo! Que fogo! Sagrado.
Meu sangue vai apagar.
Francisco Braz Neto (08/01/2020)
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