sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Eu faço da vida

Eu, o que faço da vida?
Não faço da vida bela
Faço da vida; vida.
Não escondo que sinto por ela
E que me enfraqueço na despedida

Que da vida fiz tanto choro
E tão arrependida
Final do ano chega
Cenas já repetidas
Amargo, fosco e poço
Fundo a capital caída
Cavando até a água
Lavando suas feridas
Ao meu lado há tanto afago
Amor, amor és vida
Vida para todos os segundos ouço
Vem logo minha querida!

Tão fácil fazer de novo
Sorriso cobre por fora
Choro dentro do ovo
Se preciso, pra te fazer feliz
Casca resiste ao fogo
Dureza é fazer da vida
Algo que o tempo não deu consolo

Me apresso e faço cessar
A lágrima que dilacera
A alegria era sincera
Você distrai a tristeza
Vida ganha em beleza
Minutos sem melancolia
Tudo que faço da vida hoje em dia
É de outra dimensão
Entendes isso ou não?
Artista tão magistral
Me encara com força tal
Aprende mais uma lição
Eu faço da vida, vida
Ela imensidão.

Francisco Braz Neto(23/12/2016)
  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Mensageiro do futuro e o muro.

Um dia como outro qualquer.
Reflexões...
Quente, uns 35 graus ou mais.
Celsius
Novembro
Passo
Já é passado.
Passo a passo pela calçada.
Dia 29, uma terça, feira.
Uma inteira, luta.

Um dia como outro qualquer.
Uma razão diferente para nó.
Dessa vez, nós.
Eu levei meu tempo para compreender.
O mensageiro não me disse se compreendeu.

Compreendendo ou não, seguia
Sem guia
Só muro.
Mensageiro do futuro.
Passo após passo
Cambaleando
Encontrando o muro.
Naquela hora do dia
Não era seguro
Quente demais para o presente
Apoiava-se, quase caindo, no muro.

Mensageiro?
Mensageiro!
Precisa de ajuda?
"Quero um táxi."
Está bem.
Um instante.
Descanse.

Táxi!
Obrigado por parar.
Leve o mensageiro para onde ele desejar.
Ele veio de longe
Quer ajuda pra voltar.

Mensageiro, tens dinheiro?
Tudo certo.
Passo a passo chego lá.
Ainda sem precisar do mesmo muro.
Precisando de forças
Aqui e ali vou fraquejar
Refleti mais uma vez
Vi o futuro me falar
O Mensageiro do futuro e o muro
Um dia hei de precisar
Que o futuro seja gentil com todos!
Velho, assim posso lhe chamar?
Lento, frágil e desgastado
Como ali fostes parar?
Vens de longe e sozinho.
Sem ninguém te acompanhar?
Lamentemos durante o caminho
O descaso que ao idoso se dá.

Um dia como outro qualquer
Com a surpresa de um dia único
O futuro manda visita
O muro sólido apoio
A mensagem está sendo escrita
Cada passo é uma conquista
Dois não são um comboio.


Francisco Braz Neto(16/12/2016)










Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.