quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Desarmamento à brasileira

  Desarmamento à brasileira

  Não houve desarmamento, mas ainda assim quem é contra o desarmamento vai ignorar isso, vai insistir que houve. Desarmamento só pode ser chamado de desarmamento quando for feito, quando for minimamente bem feito. 
  Quando saber que foi bem feito? Quando ninguém tiver uma arma sequer.
  Fácil? É nada! Mas a questão não é a facilidade, a questão é saber o resultado de algo efetivamente feito, muito bem feito.
  Estou curioso para saber como seria se ninguém tivesse medo de que em cada situação de perigo uma arma de fogo estivesse envolvida.
  Se os danos fossem de paus, pedras e mãos ao invés de todo um arsenal.
     

  Nunca disse que a violência sempre foi assim. A violência sempre foi alta. Não foi aqui por essas bandas que tivemos índices que eu considero aceitáveis. E com armas de formas mais fáceis, mais acessíveis seria ainda pior. Pior quanto? Não sei, mas seria.  E isso é minha opinião.

  Eu sou louco? Tenho outras intenções? Por que? Por ter uma opinião diferente? Faça isso comigo não seu Luiz. Quais são minhas intenções? Estou dialogando sem faltar com o respeito, sem palavrões, só na boa, que mal há?




  Informação. Afinal, estava querendo saber com exatidão isso. O estatuto do desarmamento entrou em vigor dia 23 de dezembro de 2003.
  Dá impressão que não lestes/leram com atenção o que escrevi. Chato repetir. Ninguém falou nada sobre a questão óbvia e matemática de que dá para matar mais de acordo com o meio. Mãos limpas, faca, revolver, metralhadora, bazuca, tanque de guerra e bombas atômicas. Não falei sobre a coragem de usar ou não.

  Só bandidos e policiais com armas. Bandidos matam bandidos, bandidos matam policiais e bandidos matam cidadãos. Policiais matam bandidos, policiais matam policiais e policiais matam cidadãos.
  Por que não deixar o cidadão participar dessa brincadeira de mal gosto? Vejamos. Cidadãos matam bandidos, cidadãos matam policiais e, a cereja do bolo, cidadãos matam cidadãos. Com o bônus de alguns acidentes fatais e não fatais com armas. Alguns envolvendo crianças. Só para constar.
  
  A violência se resume ao armar ou desarmar? Não. Coloca todo mundo com uma vida digna e etc, blá, blá, blá. Não leram e nem falaram nada sobre o atirador da Noruega?! Metralhou e assassinou 77 pessoas. E aí? Ele faria o mesmo na porrada?

  É assustadoramente óbvio que sem armas se extinguiriam os crimes com o uso das mesmas.
  
Eu não concordo com tudo que o professor doutor Leandro Karnal fala, mas daí a diminuir ele em qualquer aspecto, soa inveja, dor de cotovelo e afins. Há muito para aprender tanto com ele como com muitos outros professores. Um dos grandes aprendizados é respeitar quem pensa diferente.  
  Estar armado garante segurança? Como assim? Vídeos que mostram quando deu certo? Hum. Interessante. Matérias, vídeos e pesquisas que mostrem quando deu errado está fora de questão, acertei? Alguém pode ir além? Matérias, vídeos, relatos de quantas famílias foram destruídas por acidentes com armas? Quem honestamente vai confessar que já viu gente que é do bem, mas que esteve perto de desgraçar a vida ou até mesmo desgraçou pois colocou uma arma na mão e foi resolver um problema que simplesmente poderia ser resolvido de milhares de outras maneiras.

  Pensamento brasileiro? Vejamos. Corrigir um problema criando outro ou outros. Se uma coisa não surtiu o efeito esperado está tudo errado e nem pensar analisar o porque e aperfeiçoar.
  
  Uma coisa é desarmamento e outra é o que foi feito no Brasil. Fazemos leis, criamos estatutos, códigos, etc. Quem disse que funcionam? O desarmamento significa que o Estado, via instituições, vai conseguir tirar as armas de todo mundo. A população iria ter de resolver uma escala abaixo. Faca, tapa, cassete, cabo de vassoura, enxada, pá, foice, espada, o caramba a quatro, mas uma vez bem feito, ninguém teria armas, ao ponto de no futuro nem mesmo as polícias as teriam. O que é certo não muda por causa que somos incompetentes para fazer. O certo muita gente sabe o que é, mas se não querem ou não vão fazer são outros quinhentos. Lá vai a repetição: desarma, educa, zela, assume responsabilidades, participa, coopera, respeita, apazígua, cobra, fiscaliza, contribue, etc.

Primeiro porque você analisa a viabilidade de uma norma geral (porte de armas), por um evento que é exceção (tentativa de assassinato em massa sem qualquer motivação).

  Não fiz análise, emiti opinião. Dei um exemplo ilustrativo para a compreensão da ideia.

Segundo porque a hipótese despreza um fato básico. Se alguém vai tentar matar um grupo de 10 pessoas com uma arma de fogo pelo porte de armas ser liberado, ela não vai conseguir matar as 10 pessoas por uma simples razão, basta que uma das 10 também esteja armada para impedir os assassinatos. Na pior das hipóteses, uma pessoa armada iria minorar o número de homicídios ou, na melhor delas, impediria o atirador antes que este realizasse o primeiro disparo. Como foi o caso do vídeo no qual o delegado impediu que a caixa levasse uma facada.

  Quem disse que as outras 10 estarão armadas? Quem garante que estariam? Quem garante que é condição suficiente para impedir os assassinatos? Nos Estados Unidos é liberado o porte de armas e cadê relatos de pessoas armadas impedindo os massacres nas escolas? Lá não é tão “um evento que é exceção”.

Sem falar, ainda, no receio que o atirador teria de cometer assassinatos em razão de alguém poder estar armado e reagir ao intento dele.

  Concordo em parte. Mas você ignora o fato que os criminosos, via de regra, estão receosos, sob tensão, mesmo com o desarmamento em vigor. Como brasileiro o bandido sabe que o desarmamento é para alguns e não está na cara quem são esses alguns.


E terceiro, supondo que todos estejam desarmados e uma pessoa queira matar um grupo de dez pessoas, por qual razão ela evitaria ter uma arma ilegal, se ela já vai se arriscar a infringir a lei cometendo 10 homicídios?
  Verdade. Por isso que a ideia do desarmamento seria de toda a população e não apenas de uma parte. Sem armas para o crime do dia a dia e sem armas para ataques esquizofrênicos com metralhadoras em parques, escolas ou cinemas.

Quarto, não poderia haver exemplo melhor do que esse da bomba atomica. Diversas nações detem o poder de explodir nações rivais por meio de uma bomba atomica. Mas por que não o fazem? Pelo simples fato de que as outras nações também possuem bombas atomicas. Seria o mesmo em relação ao porte de armas.

  Não o fazem por vários motivos. Melhor ainda, não o fizeram por vários motivos. Achei sua análise muito simplória. Resume a apenas um fator. A pior notícia que posso te dar, o pior pensamento que posso deixar inquietando sua cabeça é que ninguém vai te avisar quando for usar uma bomba atômica.

Quinto, o estatuto do desarmamento é de 2006. Antes de 2006 viviamos nos matando por aí? Antes de 2006 a nossa taxa de homicidios era absurdamente elevada? O estatuto do desarmamento serviu para reduzir as taxas de homicidio ou estamos batendo recorde ano após ano?

  Cara, a data do estatuto não é essa. Nada grave, mas a data é dezembro de 2003.
  E sim. Antes de 2003 vivíamos nos matando. Infelizmente, não com uma explicação de um único motivo e sim de muitos, a violência aumentou. Ou seja, não digo que o desarmamento resolveu digo que evitou que ficasse pior.



E ainda dizem que Karnal é intelectual. Hahahaha


  Cara, deixa o Karnal ser intelectual, pois se nem ele for tu achas que numa escala o que sobraria para ti?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Um saber fazer

Sei fazer um decalque
Traços nas pontas dos dedos
Contorno de toda a face
Escudo de todos os medos

A palma da mão faz afago
As digitais por todos os pelos
Até o sono chegar
Os olhos fechados eu vejo

Sabendo fazer melodia
De silêncio em silêncio presente
Trago paz serena no gesto
Sinto pele nova e macia

É a paz que mais traz agonia
Se de dia saber fazer nos protege
Quais palavras afastam a noite?
Aprendendo assim as proferia

Quando acerto o tempo incerto
Manifesto a minha alegria
Ninguém sabe as respostas secretas
Certo é que ela sorria
O melhor sorriso do mundo
Gargalhadas com euforia
Saber encarar a noite
Saber fazer virar Dia.

Francisco Braz Neto(25/01/2017)




terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Obviedades do filósofo de terça.

Todas as obviedades foram novidades um dia.
Não porque as obviedades eram novidades para cada um de nós, mas principalmente porque cada um de nós já foi novidade para cada obviedade.

Francisco Braz Neto (17/01/2017)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Leite é veneno?

Veneno?
Que definição de veneno é esta?
Eu sou mais prático.
Eu coloco veneno em um copo e leite em outro.
Se leite também é veneno logo são dois copos de veneno.
Você escolhe a quantidade de leite que devo tomar para que eu morra e eu falo a quantidade de veneno que você deve tomar para que igualmente o resultado seja o mesmo.
Eu te garanto que beberei todo o leite que você colocar para mim, respeitando o tamanho do meu estômago.
Você garante que beberá a mesma quantidade de veneno?

Pode colocar o documentário sobre leite ser veneno. Eu sou um viciado em conhecimento. Só espero que não seja pregação religiosa. Só adianta com fatos, comprovação científica e por aí vai.
A propósito, conheces a história do tomate?
Uma das versões é a seguinte:
Tido como venenoso, a filha de um fazendeiro levou um cesto para o meio da cidade e começou a comer um após o outro.
Conheces a estória dos ovos? Já foi tido como bom alimento e depois como ruim e agora é excelente novamente?
Eu acho que posso te mostrar uma série inteira de problemas com as afirmações sobre alimentos.
Enquanto a ciência não vive de vai e vem na área de exatas, nem na área da biologia e mais outras, há áreas como as ciências humanas e quando se trata de alimentos em que há vasta literatura para comprovar o tanto que se contradizem.

Hum!! Para encerrar tenho o exemplo do meu querido café. Hora tido como elixir da vida hora como "veneno". Bem assim como o leite.

https://www.youtube.com/watch?v=Edekj3MQUy4


Francisco Braz Neto(05/01/2017)







Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.