terça-feira, 17 de maio de 2016

Receita de crepe!

Primeira vez que posto uma receita aqui.
Essa receita é de uma pesquisa que fiz na Internet. Não sei qual o nome de quem inventou a receita para dar os créditos. Sei que já fiz algumas vezes e ficou muito bom!

Receita de crepe

A quantidade da receita é para 5 porções, mas isso depende do tamanho dos crepes. A receita estava originalmente em francês e é uma receita francesa que traduzi para democratizar a informação e diminuir o trabalho.

400 ml de leite
2 ovos
150 g de farinha de trigo
2 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de café de óleo

O preparo da massa é simplesmente colocar todos os ingredientes em um liquidificador e bater por um minuto, deixar descansar 3 minutos e bater novamente por um minuto. Se quiser repita isso mais uma vez. Depois deixe a massa descansar por uma hora ou duas.

Isso aí resolve a massa. Acontece que um crepe é 80% o recheio. Algumas sugestões são: queijo e presunto para os salgados e sorvetes para os doces.
Alguns ítens que farão uma grande diferença para variar ainda mais nos recheios são:
Nutela
Canela em pó
Creme de leite
Frutas diversas(bananas, maçãs, peras, uvas, cerejas em calda, etc)
Atum ou salada de atum (vende a latinha com ele já pronto)
Tomates
Requeijão
Doce de leite
Brigadeiro enlatado
Leite condensado
Mel caro e/ou de abelha




Logicamente essas são algumas sugestões e sabemos que as opções são bem mais numerosas.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Biografia laboral

Nascimento. Em primeiro de fevereiro de 1978.
Para o mundo do trabalho demorariam apenas 5 anos aproximadamente. Por volta de 1983 eu iniciei.
Nasci para o trabalho sem pressão, sem obrigação, sem desespero, sem necessidade, sem drama e sem quase nada negativo.
Quando nasci para o trabalho parecia um favor para meu pai, uma forma de agradar ao meu super herói. O trabalho era coletar castanhas de caju dos inúmeros cajus caídos no chão. Os cajus caiam dos muitos cajueiros do sítio em que morávamos. Até hoje é neste sítio que moram meus pais.
Eu também colhia os cajus. Eu gostava de dar cajus para os cavalos e vacas. Achava arretado entregar um caju com a castanha e ver os cavalos conseguindo tirar a castanha.
Não lembro qual o valor que meu pai propôs, nem quero fazer a conversão para saber quanto daria em valores atuais. Sei que ele ofereceu um valor por cada quilo de castanha que eu conseguisse juntar.
Minha mãe ordenava que eu só fizesse isso com uma roupa muito velha ou só de cueca por causa que caju mancha a roupa. Em termos do interior, caju faz nódoa na roupa. Bons tempos. Eu estudava de manhã, brincava à tarde e dependendo da época do ano trabalhava colhendo castanhas de caju.
Não tive mesada até vir morar em Recife. Mas essa vinda seria apenas aos 13 anos.

Além da experiência com as castanhas, que resultaram em uma quantidade grande dessa iguaria, mas isso para a memória e referencial de uma criança de 5 para 6 anos, fiz outros trabalhos que não foram com proposta financeira.
Durante os anos que morei no interior era comum os borregos injeitados (rejeitados pelas mães) serem levados para o sítio e serem cuidados por mim. Lembrança de 100% de sucesso nesse trabalho. Não há em minha memória uma lembrança de falecimento.  
Também era eu quem abria as porteiras para meu pai passar com o carro. Abridor oficial de porteiras.
Acompanhava meu pai nas visitas que ele fazia a fazenda da Paraíba desde tão novo que quando meu pai comentava sobre o capim Buffel e o fato do capim estar tão grande que encobria e escondia os bezerros ele nem se dava conta que o capim também estava na altura dos meus olhos ou mais alto. Minha visão era de um mundo em que eu não enxergava nada que não fosse bem mais alto que o capim.
Outra coisa que fiz durante anos, mas com várias interrupções, foi um trabalho como se eu tivesse uma micro sementeira. Eu lembro de muitos anos em que meu pai queria que eu coletasse as bagens de algaroba e também fizesse a extração das sementes e as plantasse. Ele me dava um monte de pequenas sacolas plásticas com alguns furos que eu pegava, sentava em um lugar com terra e esterco curtido e começava a encher as sacolas. Depois de encher uma quantidade aleatória de sacolas eu plantava as sementes e depois regava. No dia seguinte repetia o processo regando tanto as sacolas preenchidas e semeadas no dia quanto as que já tinham sido preparadas anteriormente. Em alguns dias nasciam as mudas. Eu ficava feliz demais. Pelas conversas que eu tinha com meu pai, eu não sei exatamente como, mas, me achei pai dessas plantas, dessas futuras árvores.
Alguns anos depois meu pai queria que eu plantasse uma leguminosa chamada leucena. Ele me ensinou que precisaria quebrar a dormência das sementes e para isso seria necessário ferver água e na água fervente colocaríamos as sementes por exatos cinco minutos. Fizemos isso, o processo de preenchimento das bolsas plásticas sempre foi o mesmo e o de semear também.
Plantei uma quantidade grande de algaroba, uma quantidade grande de leucena, plantei caju, abacate e tamarindo.
Em um ano, que não me recordo qual, eu e meu pai, desta vez na fazenda da Península(Pernambuco), fomos de coivara em coivara e plantamos sementes de jerimum. Apenas um dia de trabalho, mas um dia que começou super cedo e trabalhamos sem parar. Em minha memória foi tipo, começamos às 8h da manhã e paramos as 15h sem um descanso. O resultado foi que algum tempo depois tinha jerimum/abóbora de encher carroção de trator e carroceria de F-4000.

Escrevi, quase nada negativo, logo no começo. Uma coisa que lembro de minha infância foi de adoecer muito de amigdalite. Essas amigdalites tinham uma certa coincidência de acontecerem após um dia na fazenda debaixo de sol. Quem conhece o sol do sertão? Tenham cuidado com o sol em qualquer lugar. Protejam-se.

Voltando ao trabalho, lembro de ajudar na contagem dos animais. Os ovinos, caprinos, bovinos e equinos. Quando estava grande o suficiente comecei a ajudar a pegar os animais para castrar e assinar(marcar com uma forma específica as orelhas de cada animal de forma que todos saibam a quem ele pertence). Ficava tão limpo e cheiroso ao terminar. Brincadeira. Ao chegar em casa o banho tinha de ser no capricho. Poeira até no pensamento.
Eu gostava muito de fazer as tarefas que precisassem montar à cavalo. Levar o gado de um lugar para outro, juntar os animais, verificar um serviço em um lugar distante da fazenda que não fosse acessível ao carro ou que mesmo sendo decidíamos por ir cavalgando, enfim era o ponto alto. A paixão que tenho pelo interior, o amor que sempre carrego no coração tem uma parte grande que é para os cavalos. Tantos animais fascinantes, quer selvagens ou domésticos e consigo ver que os cavalos me deixam sem conseguir explicar o porque de tanta admiração. Passava horas penteando suas crinas, seus rabos e suas pelagens. Dava banho, quando possível colocava shampoo para que ficassem mais bonitos e sempre procurava fazer um agrado com os alimentos que eles mais gostavam.  
Então, no meu know how, há como cuidar de equinos e sei também arrear os animais. Talvez uma forma específica de sela ou de freio me complique, mas as usadas aqui em Pernambuco eu domino. A sela nordestina, a australiana e algumas outras também não são problema.
Fora isso, se considerarmos a máxima que o trabalho da criança é estudar, fui um bom aluno durante meus anos no interior. Primeiro na escola Tico e Teco e depois no colégio Imaculada Conceição. Em ambos se adotava o sistema de quatro unidades e média 6,0. Era comum eu passar em quase todas as matérias com as primeiras 3 médias de unidade.
Em 1992 cheguei ao Recife e fui estudar no Colégio Santa Maria. Continuei sendo um bom aluno. Um pouco de dificuldade em inglês e em física. Mas isso foi na metade do antigo primeiro ano. Depois já estava no ritmo dos colegas da capital. Nunca reprovei e recuperações foram raríssimas. Trabalhar é que ficou escasso. Só nas férias. Sempre no interior. Castrar, assinar, contar, olhar os serviços da fazenda, cercas, plantações, etc.
Em 1994 troquei o Santa Maria pelo Geo Studio. Colégio novo. Turma especial para o ITA, IME e AFA. Com 16 anos ao final de 1994 eu fiz vestibular para direito na UNICAP e passei, para engenharia elétrica-eletrotécnica na na UPE/POLI e passei, engenharia elétrica-eletrotécnica na UFPE e passei apenas para outras opções, mas não dava para entrar na minha primeira opção, engenharia elétrica-eletrotécnica no ITA e não passei e por fim na ETFPE e passei em eletrotécnica.
Foram tantos vestibulares em um curto espaço de tempo que por dois dias terminávamos as provas da UFPE pela manhã e tinha um carro esperando por nós para imediatamente nos levar para o segundo COMAR onde faríamos a prova do ITA. Nem lembro se almoçávamos. Está apagado da minha memória a existência de refeição.

Daí iniciei o ano de 1995 com o primeiro dia de aula sendo o dia do meu aniversário de 17 anos. Já tinha acontecido algumas outras vezes e aí aconteceu também na faculdade. Primeiro de fevereiro de 1995 foi o primeiro dia na UPE/POLI e primeiro dia na ETFPE.
Terminei o curso técnico em Eletrotécnica da ETFPE. Curso com elevada concorrência para entrar. Fiz um estágio e foi o primeiro estágio da minha vida. Era remunerado.
Foi lá no CFCH da UFPE. Época em que a preocupação com o mau uso da energia elétrica estava engatinhando. Falava-se no combate ao desperdício, lâmpadas que diminuiriam a conta de energia e durariam mais, nos vilões da conta de energia, equipamentos que consumiam muita eletricidade. Foi nessa época que surgiu o selo Procel. Hoje tão comum e até os carros usam esse conceito de eficiência energética, mas na época somente um embrião.
Dessa forma iniciou e terminou minha experiência na área técnica.

Antes disso, já em 1995, uma amiga me pediu para dar aulas particulares de matemática para ela. Assim surgia o professor. Bom aluno que sempre fui me deu confiança para ensinar todas as matérias. Com o passar dos anos fui esquecendo alguns conteúdos que raramente me pediam para ensinar. Depois esqueci muitos conteúdos e me recusava a ensinar biologia. Ensinava tudo com exceção de biologia.
Em 1998 comecei a estudar jornalismo na UNICAP. Por algum tempo levei os dois cursos em paralelo, mas segui com o Jornalismo e deixei a engenharia. O que não deixei foram as aulas. As mais procuradas sempre foram matemática, química e física.
Terminei jornalismo em junho de 2003. Projeto de conclusão no veículo rádio. Nome do projeto: Linguagem do Mar Furado. Quatro programas de 15 minutos. Nota 8,0 com muito orgulho.
Durante o curso fiz três estágios. Primeiro na SEPLANDES- Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Social, órgão do governo estadual. Passei três meses no Grupo Pontes e o meu maior feito nesse estágio foi ter escrito os textos dos convites das festas de Reveillon daquele ano. Já não era novidade gostarem do que escrevo, mas eu escrevia textos tipo dissertação e ali olharam um texto criativo e livre.
Deixei o estágio na SEPLANDES para assumir outro no TJPE. O estágio da SEPLANDES foi bom. E uma curiosidade é que eu estava na sala da assessoria, em pleno horário de estágio quando os aviões se chocaram contra o World Trade Center. Uma televisãozinha pequena e antiga, mas que ligamos quando soubemos do primeiro avião e vimos ao vivo o segundo se chocar contra a segunda torre.
O estágio no TJPE foi a segunda melhor experiência laboral da minha vida até o momento. O ambiente de trabalho, os colegas, os treinamentos, os equipamentos, o reconhecimento e o fato de ter tido uma parte no NAVI e no final ter sido solicitado pela assessoria de imprensa, tudo isso fez com que eu tivesse lá uma experiência rica e que deixou saudades. Até textos no Diário oficial eu tive a chance de publicar. Também fiz um tanto de diagramação.
Tive meu estágio renovado, mas para me dedicar ao projeto de conclusão do curso de Jornalismo eu saí do estágio antes do final do segundo ano. Tudo isso em 2003.
Quando foi em outubro deste mesmo ano me mandei para minha primeira viagem internacional. Primeiro um monte de horas no aeroporto de Lisboa e depois cheguei ao aeroporto de Heathrow. Fiz a imigração chata que tanta gente conhece, mas ao final a mulher carimbou um ano de visto. Eu só precisaria voltar em outubro de 2004.
Após um mês e 13 dias eu consegui um emprego no BpSafeway. Uma partnership entre British Petroleum e a rede de supermercados Safeway. Foi aí que tive a melhor experiência profissional de toda a minha vida. Eu era Staff Assistant, mas basicamente fiquei no caixa a esmagadora parte do tempo. Lá só existiam três níveis hierárquicos, os Staff Assistants como eu, os Managers e um Manager que era o chefão máximo daquela unidade. Centenas de coisas bacanas aconteceram lá. Só de coisas bacanas que aconteceram dá um livro. Uma delas foi ver o chefão máximo vendo coisas que precisavam ser feitas e ao invés de mandar fazer ele mesmo ir lá e colocar a mão na massa. E essas coisas serem tipo passar esfregão no chão para enxugar uma área do chão e nenhum cliente escorregar, arrumar o expositor de flores naturais jogando as flores velhas fora e os baldes vazios além de procurar uma forma que atraísse mais os clientes e por aí vai. Quando um cara desses pede algo eu faço com prazer e orgulho. Viva Simon Ebers! Um verdadeiro líder. Falando sobre o que aprendi com essa experiência, foram tantas coisas que selecionar algumas vai ser difícil. A cultura laboral é muito diferente. Eu sei que poderia estar contando um caso de assédio moral, mas muito pelo contrário. Os gerentes, todos, sem uma mísera exceção, foram perfeitos. Educados, gentis, leais, sinceros, profissionais e até companheiros. Não sei como eles escolhiam quem ia ser o legal do dia. Um dia o Michel, um francês de ar austero me protege da única pessoa que ousou ser antipática comigo, no outro Michael, o escocês, me pergunta quais minhas aspirações na empresa e quais cursos eu gostaria de fazer. Quando de repente vem Tohir, de Bangladesh e fala que se eu quiser ele me ensina umas atividades que só os gerentes podem e alguns dias cumpre a palavra e lá estou eu fazendo as reduções. Então repito, foram tantas coisas legais, eu só passei uns seis meses lá e mesmo assim tive dois aumentos. Um aumento a cada três meses, fora uns cheques extras de agradecimento por resultados alcançados, um tipo de participação nos lucros. Parei. Conto mais se desse texto surgir uma entrevista de emprego ou num bate papo de mesa de bar.
Voltei para o Brasil em junho de 2004. Tive que remar tudo novamente para colocar meu nome no mercado como professor. Em 2005 trabalhei como vendedor de varejo na Multi Giro-Disbombons. Fui bem e até ganhei elogios e fui terceiro numa "competição" de positivação.
Foi também em 2005 que fiz uma mudança de professor de várias matérias para ensinar inglês. Também fui filtrando e evitando aulas para crianças e divulgando o trabalho mais com o perfil adulto. Com o passar dos anos realmente praticamente zerei o trabalho com crianças ou adolescentes e fiquei só com adultos.
Minha primeira escola, primeiro curso foi a Transworld. Eu ia para Goiana em pleno sábado só para dar aulas de Inglês. Acordava antes das 5h e ia pegar ônibus para Goiana lá no centro, no camelódromo, a paralela à rua da concórdia.
Em 2006 comecei o curso de Letras da UFPE. Pense! Letras na Universidade Federal de Pernambuco. Mais uma vez passei no vestibular. Licenciatura em Francês. Deixei e fui para o Canadá em 2010. Dessa vez fui em Abril. Um dia num frigorífico. Por si só uma comédia dramática. Por si só um drama cômico. Contei como foi para um amigo e ele riu até quase se urinar. O emprego foi via agência de empregos. A agência se chamava Helix.
Depois consegui um emprego no Walmart de La Salle/Angrignon. Pior experiência de emprego de todas. Olhe que a concorrência é forte.  

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Decidir qual lado não ser

A pessoa observa o tempo presente. Faz esse recorte. Isso já é um esforço. Mesmo enfurecido com tantos mal feitos vai observar as condutas, as lógicas, as ações e não vê muitas esperanças. Alguns já desistiram, mas eu sou mais teimoso. Eu vou e reconheço pessoas que estão numa luta contra Cunha, contra Renan, contra Aécio, contra Dilma, contra Lula e assim estou. Mas aí vem uma dúvida. Quantos por cento dos que só batem no PT o fazem por causa dos militantes não reconhecerem erros? Quantas vezes quem quer reconhecer um acerto petista não o fará pois um petista jamais reconhece acertos alheios? O PT e os petistas são "divindades magnânimas de perfeição e suprema inteligência". De tudo sabem. História, economia, ciências e todo o conhecimento mundial e intergalático. Defeitos humanos temos nós, os não petistas. Não. Sou mais forte que isso. Somos mais fortes que isso. Um discurso e um poder pode dizimar inocentes. Dizimaram os nativos americanos. Dizimaram e atacaram por serem inocentes e mais fracos belicamente. Outros tempos e outras circunstâncias. Sou guerreiro. Há guerreiros lá. Há então guerreiros cá. Decidi meu lado. Quem mais sabe de mim sou eu e não um discurso abominável, que atropela, passa por cima e convence quem está frágil e carente de esperanças. Depois que convence decepciona de uma tal maneira que nunca mais aceitarei. Espero que as próximas gerações se salvem dessa doença.

Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.