terça-feira, 23 de junho de 2020

Amor próprio e a reflexão

Faz sozinho?
Faz sozinha?

A reflexão? Sim.
Possível.

O amor? Sim.
Possível.

Prefiro amor dos outros e então, logo ao lado, par e passo, o amor próprio.

Tá muito marketing para essa estória de amor próprio. 

Tá bonitinho. 
Fofo!

E eu acho que está faltando verdade nua.
Está faltando verdade crua.

Amor próprio é massa, mas três pontinhos...
Um
Dois
Três

Amor próprio não abraça.
Amor próprio não conversa.
Amor próprio não leva pro hospital.
Amor próprio não faz cafuné.
Amor próprio não tem ombro.
Muito menos tem ouvidos.
E quando eu estou ferido.
Não me põe em abrigo.

Amor próprio é massa, todavia três pontinhos...
1
2
3

Amor próprio não me telefona.
Não acerta por acaso uma hora que tanto preciso de carinho.
Não recebe meus presentes.
E jamais será gente.
É massa.
É bom.
Se ame!
Me amo!
E eu prefiro amor dos outros vindo em minha direção. Logo ao lado, par e passo amor próprio. Porque é bom. É massa! É legal, entretanto...
Três pontos.
Pontinhos...
Pontões•••

Amor próprio não divide uma cerveja.
Não senta comigo à mesa.
Não sugere a sobremesa.
Não tem cheiro ou certeza.
Não tem gosto nem desejo.
Não espanta a solidão.
E se ainda acha pouco.
Esse teu amor próprio que já nem te socorre ao hospital.
Jamais derramará uma lágrima no dia do teu funeral!

Agora me diz que entendeu.
Eu admito que o amor próprio é importante.
Só não é ele que vem antes pois já nascemos amados sem nem saber o que é amor.
Nem amor por nós nem por ninguém. Amor é o sentimento mais sofisticado que existe e tem muita gente querendo torná-lo banal, mas não entendem que é impossível pois os que tentam sequer conhecem esse tal.

 O Amor?
Sim! É possível.
A questão é que não é para todos. 
Nem por todos.
Nem sempre por si mesmo.

Infelizmente, há quem não o conheça em nenhuma de suas formas.

Alguns nem amam e nem se deixam amar.

Tirando o marketing não é tão fofo assim.
Tirando o marketing não é tão bonitinho.
É cru.
É nu.

E não segura minha mão.
Não faz curativo.
Não faz massagem.
Não sussurra no pé do ouvido.
Não canta.
Não seduz.
Por mais que seja amor.
Por mais que seja próprio.
E quando for pouco é só lembrar que nunca irá derramar uma lágrima por você nem por mim em nenhum momento nem mesmo em nossos funerais.
É um amor que não tem empatia com o seu adeus a este mundo. Lhe abandona junto com seu último suspiro enquanto outros amores perdurarão.
E eu quero os amores que vêm dos outros vindo em minha direção. Esses cheios de braços e abraços, problemas e diversão. Esses amores que me trazem a certeza que o meu amor próprio não é uma própria ilusão.

Francisco Braz Neto (23/06/2020)

 








segunda-feira, 1 de junho de 2020

Prisões políticas.

Tento incansavelmente ver as situações da vida quase que de forma matemática, com lógica e sem "subliminaridades"(mais um neologismo meu), logo, num país tão problemático quanto o nosso, o país onde "o poste faz xixi no cachorro" a torcida deveria ser para acabar o tudo pode. Voltando a envolver a parte política, acho que até o Luís foi preso por questões políticas. Não confundir com eu achar ele inocente, mas também somos o país da impunidade, tanto que o Luís está o que? Solto! Eu marchei bradando fora Dilma, mas além de tirá-la eu queria Luís preso e que não parasse nele. Queria que nós tivéssemos aprendido a sermos exigentes com os políticos. O que foi que de fato ocorreu? O preso está solto e há muita energia e fogo cruzado do povo contra o povo. O mais triste é a energia gasta para proteger quem não precisa de proteção. Biquíni Cavadão: somos do povo, Zé do povo Zé ninguém, aqui embaixo as leis são diferentes. Lá em cima eles estão bem, obrigado.

Francisco Braz Neto (01/06/2020)

Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.