Todo Pai tem de ser de cinema. Dos filmes mais exagerados, utópicos, inefáveis, incalculáveis, impensáveis e inimagináveis já feitos e ainda não feitos no mundo. Pai não carrega na barriga, não amamenta e não tem a mesma certeza que o filho é dele. Entre estes e outros nãos ainda assim um verdadeiro Pai tem de superar toda essa diferença e ter a certeza que não carrega na barriga, mas carregaria, não amamenta, mas igualmente o faria, pois o amor que um Pai sente é sem limite.
Além disso é indispensável conviver com a prioridade que a mãe adquire. Mais que isso, é ainda maior e mais nobre o amor que é altruísta e por isso mesmo não disputa espaço. Um filho ou filha ama o Pai e não precisa que este dispute o amor do filho ou filha com ninguém.
Pai tem de ser de cinema e fazer da vida dos filhos a mais bela viagem. O mundo pode estar se acabando, mergulhado em uma grande guerra mundial, mas fazendo das lágrimas bolas de sabão, de sangue tinta para aquarela e de toda e qualquer desventura uma oportunidade de colocar um sorriso no rosto de filho é que um Pai tem de agir.
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Quando o filho ou filha vai fazer algo o Pai tem de ser o grande entusiasta desta atividade. Pode ser um rabisco numa folha de papel ou uma apresentação de teatro na escola ou um jogo de futebol. O principal e primeiro torcedor, técnico, fã, patrocinador, psicólogo, treinador, conselheiro e amigo tem de ser você Pai.
Na vida há muitas escolhas para se fazer. Todos os dias, da hora que acordamos até a hora de dormirmos. Até a decisão de sair da cama ou continuar e de repente faltar ao trabalho num determinado dia traz conseqüências, valendo salientar que conseqüências não é sinônimo de coisas ruins, podem existir boas ou más. Nessa linha de tomar decisões e conseqüências absolutamente nenhum homem deveria ser Pai se não fosse para ser de cinema. Se você é egocêntrico demais, vaidoso demais e na sua vida não há possibilidade de alguém significar mais para você do que aquela pessoa que você vê no espelho todos os dias então para o bem do mundo e principalmente dos seus filhos seria melhor que estes filhos não existissem.
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Nada importa mais que um filho ou filha. Não há margem para cobranças sobre o que sua vida teria sido se o seu filho ou sua filha não existissem, a escolha foi sua. Ainda inventam uma forma do bebê escolher se quer ou não um determinado Pai. Será?
Pai tem de ser de cinema e entender que obviamente não se acerta sempre, mas errar no básico é quase imperdoável. O básico é não esquecer que o trabalho é importante, mas não é mais que os filhos, ser amigo é legal, mas ser Pai é exclusivo e imprescindível.
Amigos seus filhos fazem na escola, nas ruas, nos shoppings, nos bares, nas viagens, etc. Amigos vão e vem, aprendemos que alguns amigos são valiosíssimos e é bom que o Pai ensine isto, mas nenhum amigo é nosso Pai e os papéis jamais devem se confundir.
O básico é não esquecer que ser Pai é um pacote completo e não adianta dar apenas o dinheiro e sendo o bem sucedido querer ser o orgulho do filho se não dá carinho e não se dar ao trabalho de conhecer o ser humano que colocou no mundo.
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“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor.”
-- Albert Einstein
Parafraseando Einstein digo: Não tentes ser bem sucedido, tenta antes de tudo ser Pai. Afinal de contas, ser Pai pode ser bem mais difícil que ser bem sucedido. Filhos não têm manual de instrução e só se aprende sobre eles quando há muito esforço.
Pai tem de ser de cinema e aprender que de todos os sonhos que já passaram pela cabeça dele os mais perfeitos são os que ele nunca teve e acordar. Perceber que sonhos realmente belos são os do seu filho. Fazer de tudo para realizar esses sonhos e assim ensinar perseverança, ensinar a aceitar a derrota caso ela venha, mas nenhuma derrota dói ou doerá tanto quanto ser derrotado e não ter o Pai oferecendo o ombro.
Pai tem de ser de cinema, mas obrigatoriamente tem de saltar da tela e salvar seus filhos, protegê-los, guiá-los, incentivá-los, educá-los, conhecê-los, escutá-los, repreendê-los, ensiná-los e muito mais. Pai tem de jogar junto, no mesmo time, nunca no time adversário. É inadmissível jogar contra o filho, nesta situação os dois sempre perdem.
Pai tem de ser de cinema e ser altruísta ao extremo para viver no mundo das mães. Escutar quase sempre que só uma mãe é capaz de um esforço, um sacrifício, algo realmente notável por um filho. Não só escutar como ouvir e sorrir. Pai que é Pai sabe o valor de uma Mãe e inclusive ama a dele. É com um filme que tem uma Mãe descobrindo a não errar no básico que termino esta mensagem. Há uma cena específica que manda uma mensagem simples, direta e esmagadora. A cena é com a Mãe e a mensagem é para Pais, não importando se Pai ou Mãe.
A atriz principal(Drew Barrymore) fala pro filho: “-We’re supposed to be a team.” Ao que o filho responde: “-No! You are supposed to be the mother and I’m supposed to be the kid.”
Traduzindo a mensagem fica: A Mãe – Nós, supostamente, deveríamos ser um time.
O filho – Não! Você, supostamente, deveria ser a Mãe e eu a criança.
Pai; indubitavelmente tem de ser de cinema e nunca esquecer ou sair do seu papel, pois é bom quando nas nossas vidas temos um Pai que nos brinda com um excelente roteiro.
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Francisco Braz Neto(07/10/2011)