terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Alucinações

Tive a impressão que ouvia.
Batidas na porta.
Todo dia.
Era alucinação.
Pensar que viria
Quem disse: não.

Tive a impressão visual.
Que ao meu lado estava.
Que pra sempre ficava.
Mesmo no temporal.
Era alucinação.
Eu tomei um remédio.
Me lembrei de um provérbio.
Sentei-me no chão.

Tive a alucinação mais direta.
Pensei que a pele macia
Sobre a minha fazia
Um carinho, uma festa.
Estava alucinado
Pensei que ao seu lado
Caminhava o poeta.
Mas ao jogar o dado
Na roleta da vida
Era só bater meta.

Foi o tato, audição
Visão bem iludida
E aí vem o cheiro
O maior desespero!
Miragem e perdição.

No paladar
Fico sabendo
A loucura completa
Alucinado eu sigo correndo
Sentido que ninguém acerta.
Achei que seria todo dia.
A alucinação que me resta.

Francisco Braz Neto(15/01/2019)






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.