sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Alguns pitacos sobre honestidade.

Em primeiro lugar eu me declaro Honesto. Nem pouco, nem muito, nem mais ou menos. Honesto quer dizer tudo e só outro Honesto compreende o quão completa essa palavra é.

Um baita de um safado, pilantra que desviou dinheiro, só uma vezinha tadinho, só uns milhares ou milhões pobrezinho não sabe o que é isto. Desta vez nem vou deixar para mais tarde ou para outro texto o meu achismo no qual declaro ser possível se redimir de uma desonestidade. Tampouco considerem sequer por uma fração de segundo que está aqui posto desvio de dinheiro como sendo a única desonestidade existente ou digna de ser mencionada.

Redimir-se. Uma pessoa honesta não é infalível, mas se sente mal ao ponto de não suportar o erro cometido e reconhecer o quanto antes a falta, pagar logo por isso. Sente que há um peso e de tão diferente de uma postura desonesta sai da situação de uma forma que chego a categorizar de bonita. Aliás, assumir erros, pedir desculpas, assumir as conseqüências, pagar pelo mal feito e envergonhar-se das faltas vai trazer para mim a lembrança de outros adjetivos. Direi: - Errou, e logo provou ser nobre. - Errou, contudo tem honra.
- Errou, foi o primeiro a punir-se e deve erguer a cabeça. - Errou, conhece a fragilidade humana, mas foi forte para assumir.
Não se redimir. Roubou, aplicou golpes, sonegou, fraudou e afins. Tá velhinho, já viajou o mundo todo, comeu nos melhores restaurantes do mundo, possuiu os melhores carros e por causa dessa tão singela vezinha que conseguiu seu império, sua vida de marajá (lembrou de alguém) e a herança da família. Não sou pretensioso ao ponto de estipular o prazo para se arrepender.
Agora vem o ditador Francisco e faz um pronunciamento: - A partir de agora quem não se auto denunciar em até 30 dias irá pagar nesta vida e na próxima. Isso não existe.
Daí a ter passado 10, 20, 30, 40 anos curtindo e dizer que se arrepende.
Vai ter redenção de um santo ou talvez de vocês que estão lendo e se compadecem disto. De mim, vai para o funil. Estou escrevendo e pensar nisso deu uma raiva arretada.

E ao seguir escrevendo pitacos sobre honestidade vou enumerar como pensa a cabeça de um honesto. Se um desonesto for sincero gostaria que fizesse um texto me explicando qual a construção lógica que ele faz.

Pitaco 1: Um honesto não vê problemas em ser fiscalizado. Aqui a discussão pode existir amplamente sobre o que pode ou não ser fiscalizado. O que é público e o que é privado. Mas, imagine um ponto de concordância. Imaginou? Como é que se explica qualquer dificuldade em fornecer dados? Deixar ser fiscalizado pode ser até uma solicitação de um honesto.

Pitaco 2: Um honesto não se importa se quem não o conhece desconfia dele. Um honesto deixa o tempo mostrar quem é cada um. Bem, aqui fica de fora todos vocês que nunca se decepcionaram com alguém ou se enganaram ou julgaram equivocadamente. Queria lembrar que os enganos podem ser nos dois sentidos. Achavam alguém honestíssimo e era um calhorda ou achavam alguém um vilão, mas era o mocinho. Faz lembrar o ditado popular sobre o lobo em pele de cordeiro.
Algo extremamente particular, uma característica deste que vos escreve, mas que por acaso acha que não é o único, é ir até um dos pecados capitais, ir ao ponto de ira, quando depois de me conhecer ainda prevalece a desconfiança. Atenção! Conhecer não é 100% conectado ao tempo. Em pouco tempo e muita vontade, conversa e atenção é possível conhecer alguém. Em muito tempo e pouca vontade, nenhuma atenção e raríssimas conversas é impossível. Como você aciona esse mecanismo e fica irado Francisco? Como isso chega a este ponto? Bom, se a pessoa me acha desonesto, mas guarda essa opinião para ela, tá tudo certo. Se por outro lado, ela verbaliza. Aí não tem choro nem vela. Acabou-se o mundo. Ferrou. Não digo sobre mim e não atribuo a mim atributos tais como: beleza, riqueza, popularidade, carisma, simpatia, etc. Há um orgulho em mim. Digam sobre mim: és burro Francisco, és chato, és feio, és pobre, és fraco, és infantil e muito mais. Quando terminares de acabar comigo ainda posso ser salvo quando reconheceres que sou Honesto. Fica para depois, outro texto, o meu último dia no BpSafeway e as palavras de Tohir. Podem me cobrar.

Pitaco 3: Um Honesto, caso alguém concorde, fica furioso com a cambada de desonestos se aclamando como os sabidos, espertos, os gênios do universo. Esses malandros, "ixxxxxperrrrrtos" chamam os Honestos de burros, babacas e afins. Muitas vezes é melhor desligar os sentidos, os Honestos estão procurando se defender fechando os olhos, tapando ouvidos, calando e prendendo a respiração.
Para descontrair um pouco. Os Honestos podem se vingar um pouco ao já ter associado desonestidade a sujeira. Se está errado, dizemos que tem algo fedendo.

Pitaco 4: Honestidade rima com sinceridade. Literalmente.
Mal-caratismo rima com cinismo. Totalmente
Ladrão rima com prisão. Amplamente.

Pitaco 5: Atores são admiráveis. Atuar é uma arte, uma profissão que encanta, comove e enriquece a vida de quem os aprecia. Por este motivo deveriam ser  ferozes, implacáveis contra os desonestos, na relação de pitacos coloco a petulância e a pretensão dos desonestos de serem atores. Quem lembra de casos famosos do tipo: choros cinematográficos, indignações em palanques, promessas estilo comédia romântica e assim por diante? Não vou fazer referência muito clara. Cada um escolha se quer lembrar de um caso municipal, estadual, nacional ou até mesmo internacional.
E casos não tão famosos. Aqueles... de algumas pessoas próximas a nós. Dando chiliques, se sentindo tão ofendidas, nossa, dá para ironizar e perguntar se quer concorrer ao Oscar.
Em alguns casos existe a classificação de cara-de-pau. Por saber que em algumas situações, ter cara-de-pau é sinônimo de falar, se expor, fazer uma simples solicitação que tá todo mundo com vergonhinha. Por mais que seja encarada pelo lado negativo, lembrei dessa possibilidade positiva e me freou um bocado ao usar o termo. Até lembrei do programa humorístico. Os Caras de Pau.
Esquecendo a possibilidade específica, chance pequena de ser algo bom. Os muitos exemplos podem ser dados de quando estamos fumegando de raiva de um grandicíssimo Cara de Pau.
Para exercitar a memória.
E será que alguém teria coragem de dizer que não conhece uma determinada pessoa mesmo tendo andado de jatinho particular com esta pessoa? E mesmo depois de aparecer uma foto dessa mesma pessoa com quem ela, numa "verdade paralela", nunca esteve?
Alguém teria a audácia de falar que mesmo tendo "tirado" 30 vezes na loteria foi pura sorte?
E quando mais que isso, aparece um vídeo, dois vídeos, três,(alô galera que sabe editar, dá para pintar miséria com edição de imagens, tanto em foto quanto em vídeo), mas mesmo assim a pessoa diz que é inocente, isso existe?

Pitaco 6: Um Honesto não acredita em denuncismo. Mas volto a re re re re re repetir. Ga ga ga gago, gago que  que que que que, me chama de burro, mas vai com calma antes de chamar todo mundo de burro.

Pitaco 7: O último da série. Um Honesto quando é acusado quer ir até o fim. Não tira por menos.

É só meu pitaco gente. Relaxem. Eu vou tomar um calmante. Um chá de camomila, quem sabe?

E você, qual seu pitaco?









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Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.