por: Fran Braz Neto (10/08/2007)
Houve um dia
talvez fosse noite
quem sabe tarde
eu te vi miragem.
Olhei de novo
ainda lá
persistia
e aumentava
a fantasia
de que um dia
eu te teria.
Mas esbarrava
no perigoso
desconhecido
da tua alma
alma sem dono
sem direção
descontrolando
meu coração.
E o teu corpo
será tangível?
pois impossível
não desejá-lo
cabelo e boca
olhos sorrindo
sorriso lindo
nem sei fitá-lo
se faço isso
logo me entrego
que há muito tempo
já fui fisgado.
Passou o tempo
te conheci
e o perigo era iminente
não para ti
puro encanto
só para mim
um sem defesa
que pra ti canto.
Pra ti canto
prati canto
praticando
em versinhos
bobos e vivos
a arte de abolir
liberar tudo que sinto
e que mais há por vir
pois paixão não tem sentido
muito menos fim.
É bem assim
erro na rima
erro na métrica
para mostrar
minha bagunça
só a mensagem
fica evidente
Foi você
que não se confirmou
como miragem
virou oásis
me bagunçou.
Agora escrevo
estando só
sobre nós dois
nós dois não há
e só depois
de frio intenso
de tuas palavras
vou acordar
nem são tão frias
meu exagero
é desespero
Foi você
não estava lá.
Pior ainda
não está aqui.
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