quarta-feira, 28 de abril de 2021

Todo mundo lê!

Não me lê

Mas lê

Não me ler não atrapalha 

Me ler não sei o efeito 

Sei em mim

Sei só de um 

O que importa são milhões. 


Perdi o metrô 

Perdi o bonde 

Perdi sabendo 

O bonde é vídeo 

Todo mundo lê sons 

Todo mundo se comunicando 

Cada vez mais e mais 

Não sei se posso dizer que se comunicando melhor. 


Ouvidos loucos 

Ouvidos moucos 

Ouvidos que escutam, porém não ouvem 

Ouviram do Ipiranga que não há mais margens e tudo é inundação. 

Não há mais margens para distinção. 

Tem que ser tudo igual 

E é o novo normal 

De tantos novos normais. 


Só não chamávamos deste jeito. 

Mas quantos novos normais tivemos?

Novos normais de como moramos, de como nos vestimos, como nos comunicamos, como nos alimentamos e assim por diante. 


Então que importa se alguém vai ou não ler?

O normal de agora é vídeo e todo mundo sabe.

Perdi o metrô e agora o teletransporte é o novo normal. 


Imagina quando o teletransporte for velho!

Quem raios vai ler?

Acorda! 

Acorda robô!

Robô preguiçoso!


Francisco Braz Neto (28/04/2021)








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Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.