quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Faz tanto sentido quanto revolta a origem

Se respirar virar crime, seremos todos criminosos.

Por que será que escrevi isso?
Qual a reflexão que estou querendo provocar?

Como é que se colocam em pé de igualdade a tentativa de um beijo com uma penetração?

A palavra estupro deve ser usada até ser banal?
Até não ser mais compreendida?

Que tal tornar crime olhar para alguém que não autorizou ser olhado?
Corrigindo.
Vai que a ideia fica melhor se olhar virar estupro.

Bem, aperfeiçoando essa linha de raciocínio.
Que tal a união de todos que acham adequado tudo ser igual, tudo ser tratado com a mesma denominação, daí fazem um mutirão e começam um assassinato em massa de homens heterossexuais?
Esses demônios com pênis! Culpados por tudo de mal no planeta Terra.
Por favor homens, nada de achar ruim e protestar.
Qualquer palavra a esse respeito será usada para separar os que morrerão de forma menos dolorosa dos que morrerão depois de torturas gigantescas.

Sobre os bebês, crianças e adolescentes do sexo masculino, esses serão mantidos em controle total e serão submetidos a uma cirurgia para torná-los cegos. Caso, mesmo cegos toquem o corpo de uma mulher, mesmo que por acidente, não haverá  misericórdia e serão igualmente mortos como os adultos.

Eu pensei que poderia escrever mais sobre isso, todavia eu sempre experimentei os piores sentimentos, as piores emoções, as mais devastadoras revoltas a cada vez que algo me fazia lembrar de estupro. Aí acontece de sexo não consentido ser igual ao toque não consentido e ao beijo não consentido e só ocorreu pois nisso muitos encontram sentido.

Como devo pensar e proceder? Se alguma criança me perguntar o que é sexo eu devo mostrar alguém dando um beijo e dizer que é aquilo que está acontecendo entre quem estiver se beijando?
Ou talvez eu diga que é toda vez que ela pega na mãe dela?
E, caso eu não tenha sido preso ou morto pelos estupros que eu eventualmente cometa, eu digo que passou a ser estupro e consequentemente crime se ela fizer isso sem permissão da outra pessoa.

Pois é. Eu, enquanto respirar não era crime e olhar não era estupro, achava que ninguém tinha o direito de beijar quem quer que seja sem consentimento, que ninguém deveria tocar o outro se esse outro ser humano não quisesse, mas quando, no ano de 2016, resolveram que era tudo a mesma coisa que uma relação sexual, comecei a contar os dias para olhar virar estupro e respirar crime para eu por uma venda em meus olhos e solicitar ajuda para chegar ao presídio mais próximo por ter a petulância de estar respirando.

Por que?
Não posso responder. Virou crime há muito tempo. Cuidado que em breve perguntar também será.


Francisco Braz Neto (17/08/2016)





https://www.youtube.com/watch?v=KlYR1isM2o8










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Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.