domingo, 24 de novembro de 2019

E eu não nasci há tanto tempo atrás!

Eu nasci há tempo.
Há tanto tempo eu nasci.
Vi começo, meio e fim.
Vi, vim e venci.
Vi perder, achar e cair.
Nem a tanto tempo assim.

Eu vi construir e demolir.
Ouvi dizer e não cumprir.
Há tempo que não há o que sorrir.
Se vou conseguir ver mais quem irá mentir?
E há pouco tempo atrás foi que outro tanto vi.

Olhei pro infinito e ele todo foi sorrir.
Feito de infinitos muitos
Um frente, um trás e os demais
Quer se descobrir.
Tribo, grupo, bando
Vila, burgo, Parir
Um s no r a cidade
O r ficando humanidade
Cresce, cresce a expandir.
E eu nem nasci há tanto tempo atrás!
Já vi, ouvi e aprendi.

Amigos melhores um dia
Um dia e tudo mudou
Mudar é a mais constante rotina
A amizade nem aguentou
Impérios, monumentos, castelos
Quem viu um que desmoronou?
A efêmera existência de um
Mudanças, mudanças, alterou
Amigos, casas, amores
E quantas nem observou?
Não tinha e tem smartphone
Quem vai ter o que nunca faltou?
Se nem muito tempo vivo ia.
Se quem foi nunca voltou.
Em uma única chance.
Quanta coisa acabou?
O belo da vida gangorra.
Começa, meia e findou.
Eu vi há tempos como era.
E vejo como ficou.
Quantas mais primaveras?
Tempestades de mudanças alcançou.
Na mente a lista não finda
De tudo que novo chegou.
O medo é que isso acabe
Com o abraço que já começou.
Humano há tempo demais
É frase que nunca rimou.

Francisco Braz Neto (24/11/2019)






















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Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.