terça-feira, 28 de novembro de 2017

Apagando fumaça.

De quem quis lembrar de tudo
Ficou mágoa
Do tempo para aprender a ser profundo
Somou água
E então esquentou o mundo
Evaporado, extinto e sem graça.

Doença sem cura
Ameaça
Calado ou falando
Disfarça
Confunde o suficiente
Da noite pro dia, passa.
Caminho que foi trilhando
Em branco deixava, borracha.
De quem quer lembrar de tudo
Esquecem tão rápido, amassa.

O ritmo que eu dançava
A vida me ensinou
Cada dia ficando mais lento
Até que o momento chegou
Para o papel todo em branco
Passo, pas-so, pas-so, parou.

Doença sem cura é ser
Ser medo, ser dor e segredo
Saber o que preciso rever
Cansaço, me torna gelo
Coração é tão atrevido
Que abre a porta em apelo
A doença se esconde apertada
O dono fumaça desde cedo.


Francisco Braz Neto(28/11/2017)







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Eu sou o fotógrafo!

Eu sou o fotógrafo!
Essa foto me enche de orgulho. Eu acho que ficou perfeita.